Prefácio de Marcos Coelho para a 1ª edição da Coletânea do NMPD
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Escrever é uma dádiva na comunicação, é um sinal de poder, eternidade, beleza e uma terna capacidade de humanidade. Como folhas que se desprendem dos galhos em outonos intermináveis, as palavras soltam-se nas mentes humanas, perfazendo opiniões, saberes e possibilidades infinitas. As primeiras manifestações rudimentares se deram em cavernas e, até hoje, nos fascinam nas descobertas, cujas estruturas nos permitem saber um tanto mais dos seus saberes e experiências, sendo assim do rudimento à tecnologia, do papiro egípcio aos pergaminhos, ao impresso, ao datilógrafo, ao mimeógrafo, a modernidade, assim a ânsia de registrar, aqui estamos nós nessa nova experiência de reunião de talentos para o mister almejado de compilar algo novo, contribuindo ao belo município de Dourados.
É, pois, desse modo que esta obra reúne em coletânea um grupo heterogêneo de beletristas que querem contribuir com a história da cidade, com suas produções em prosa e poesia, no lirismo próprio, com sua arte e perspectivas de amor, intelectualidade, filosofia, sentimentos, que marcam o presente, recordam o passado e inspiram o futuro. Este é um Novo Movimento Poético de Dourados, em pleno 2022, pós-pandemia, com lampejos ternos de esperanças de que a literatura continue sua produção, inspirando novos trabalhos, como as sementes bailarinas que vivem rodopiando ao vento no cerrado e nas matas sul-mato-grossenses, entre a fauna e a flora exuberantes.
Este exercício é um cumprimento à Guavira (ou Guariroba) de Mato Grosso do Sul e aos nossos lindos Tuiuiús, como um grito de harpia até o mavioso canto do Sabiá-Laranjeira, com sons de Seriemas, na terra dos nossos saudosos Poetas Manoel de Barros, Ildefonso Ribeiro da Silva, Ruth Hellmann, do nosso Professor José Pereira Lins, aos munícipes e à sociedade de Mato Grosso do Sul. Também saudamos ao povo originário Tupi-Guarani e todas as nações originárias dessas nossas terras, aos colonos e imigrantes, a essas terras de todos os povos que compomos neste estado.
Eis a oportunidade de reconhecer os valores da origem do Brasil, e dedicamos essa homenagem imponente, dando destaque a uma espécie notadamente reconhecida e muito festiva ao Brasil, a Handroanthus, Ipê Amarelo. Completa-se 61 anos desde que o pau-brasil foi declarado como a Árvore Nacional, ao lado do pau-brasil, o Ipê-amarelo (Caryocar brasiliense) foi considerada a Flor Nacional pela mesma lei, o título surgiu do projeto do então presidente Jânio Quadros, datado em 27 de junho de 1961. Seus nomes, tanto científico quanto popular, vêm do tupi-guarani: ipê significa “árvore de casca grossa” e tabebuia é “pau” ou “madeira que flutua”. É uma árvore usada como ornamental, nativa do cerrado e pantanal brasileiros. É conhecida como planta do mel no Brasil e Argentina.
O Ipê Amarelo foi escolhido como árvore símbolo da nação porque, quando floresce, suas flores caem no chão formando uma massa amarela que se destaca no verde das matas, como a bandeira brasileira. A escolha se dá pelo fato da espécie estar presente em todas as regiões do país, e principalmente pelo tom vibrante das suas flores. Agregando a si a lenda do ipê, que diz que quando Deus estava preparando o mundo, reuniu-se uma tarde com todas as árvores e pediu que cada árvore escolhesse a época em que cada um deles quisesse florescer e assim, embelezar a terra. E, a única que aceitou o frio e a seca para florescer foi o Ipê, permitindo Deus por sua bondade a honra de ter muitas cores no período rude do inverno, ela é aquela que sabe florescer na dificuldade.
Por isso, o Pau-Brasil denomina a nação, mas é o Ipê Amarelo quem a simboliza. Esta majestosa árvore, que chegar até 20 metros de altura, floresce a partir do final do mês de julho prolongando até setembro, tendo um lindo colorido nas paisagens e dá uma mostra do poder da natureza de se reerguer, a cada estação, de forma exuberante e que prova ser uma espécie nacionalista uma vez que está sempre florida durante o dia sete de setembro e traz em suas pétalas uma das cores destaque da nossa bandeira. As flores são reunidas em inflorescências terminais, com flores amarelas medindo entre 17 e 33 cm de comprimento. Os frutos são cápsulas cilíndricas, revestido por material aveludado, ocorre naturalmente no Rio de Janeiro e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
À primeira vista, o ipê pode não inspirar vontade de comer, mas fica a ideia. Aqui você vai descobrir um novo sabor à literatura em Dourados e MS. A literatura pode curar, inspirar, libertar, desde que se disponha a consumi-la. O consumo do ipê é eficaz no combate à anemia e às verminoses, tendo ação febrífuga, cicatrizante, antidiarreicas, anti-inflamatórias e anti-infecciosa. É muito utilizada também no paisagismo, sendo que tanto as flores como as folhas podem ser usadas para combater dermatites, coceiras, eczemas, inflamações da gengiva e da garganta. Há casos de tratamento também de infecções renais, varizes e algumas doenças dos olhos. As flores do ipê podem ser consumidas cruas, refogadas, recheadas com pastas e até fritas e empanadas. Como a maioria das flores amarelas, simboliza sorte, dinheiro, amizade, energia e alegria.
Esta é uma coletânea sugestiva, a nossa literatura tem muitas propriedades como o ipê amarelo escolhido para capa dessa obra, permita-se fazer essa experiência e a degustação em sua leitura, não vai se arrepender, tenho certeza. O ipê amarelo é a árvore símbolo de Dourados, traduz toda sua importância no símbolo e sua reflexão para seus moradores e sua sociedade. Que esta nossa obra sirva a sociedade, ao espírito de cidadania, de educação ambiental, da política de bibliotecas, de livros, leitura, literatura de nossa cidade modelo. Permita-se viajar, ler, sentir, imaginar nas áureas produções de nossos poetas e escritores. Eis a nossa galante arte poética em Dourados. Avante nosso leitor.
Nosso poeta Marcos Coelho nós representa com glamour! Perfeito prefácio caro poeta e amigo! Amo suas palavras!❤️
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